NA ÁFRICA (história Missionária)
O dia estava ensolarado na África, continente belo e distante de nós, que se encontra do outro lado do Oceano Atlântico. Lugar de esplendida natureza, formada por selvas e muitos bosques.
Um garoto chamado Chako, estava voltando para a tribo onde morava por um estrito caminho do bosque. Enquanto caminhava, pensava em tudo que aprendera com a Missionária na pequena “Missão” onde recebera Jesus como seu Salvador.
Recordava que enquanto estavam sentados debaixo de uma árvore, a Missionária leu um trecho da Bíblia que dizia: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Chako ficou muito sério e sem palavras quando ouviu esta porção da Palavra de Deus.
_ O que esta acontecendo com você, Chako? Perguntou à missionária.
_ Mas … como posso amar a Mbula? Ele sempre debocha de mim, me bate, faz brincadeiras cruéis comigo. Quando o vejo, meu dia acaba, se não fosse crente pegaria uma foto dele e encheria de agulhas para acabar com ele. Não! Eu não posso amar a Mbula.
_ Filho… -disse a missionária, com uma doce voz- Agora você tem Jesus no coração, deve orar por Mbula, falar do amor de Jesus para ele e começar a amá-lo.
_ Eu vou tentar Missionária. Respondeu Chako, engolindo em seco.
Enquanto caminhava no estreito caminho do bosque, Chako pensava em tudo isso, quando de repente ouviu um estranho assobio que interrompeu seus pensamentos. O assobio vinha de uma árvore. Assustado, Chako pensou: Que pássaro será esse?
Chako foi seguindo o assobio, foi chegando cuidadosamente perto de uma árvore… quando de repente CRASH! Alguma coisa se quebrou debaixo dos seus pés e BRUMMMM!!
Chako caiu numa cilada, era um buraco que chegava até o pescoço, cheio de lama e lixo podre. Estava coberto com galhas e folhas, era uma cilada bem planejada.
Hahahahahahah!! – se ouviam as fortes gargalhadas de Mbula, enquanto descia da árvore.
_ Você e um verdadeiro tolo, um burro! Eu não vou à escola dos estrangeiros, mas sou mais esperto que você! Seu tolo! Hahahaha!
Sujo, todo machucado, dolorido e muito furioso Chako saiu do buraco.
_ Ah, Senhor Jesus! Como posso amar aquele sem vergonha? Ajuda-me, por favor!
Chako orava silenciosamente, até que com paciência disse para Mbula:
_ Mbula, amanhã quero que você venha comigo para a Escola Cristã da Missão. Quero que você conheça um livro muito especial que fala de…
Dizendo isto, Mbula deu meia volta e saiu muito bravo porque Chako não brigou nem fez nenhum escândalo. Ele queria se divertir vendo Chako brigar, mas não conseguiu e foi embora chateado.
Chako tinha uma cabra que era o seu orgulho, se nome era Pana. Pana dava um leitinho e queijos deliciosos para toda a família. Além disso, Pana era amiga de Chako, ele brincava muito com ela.
Um dia Pana desapareceu… Toda família começou procurá-la, mas não encontraram nem rastos dela. Chako estava desconsolado, saiu pelo bosque para dar a última volta em procura de Pana.
Chako gritava:
_ Pana! Cadê você amiga, Pana!
Mas nada. Porém quando retornava para casa ouviu um balido:
_ Baaa… baaaa!
Ouvindo esse balido, Chako começou a perseguir esse som, e para sua surpresa chegou à casa de Mbula e a cena que viu lá não foi nada agradável.
Para seu espanto, Mbula estava erguendo uma faca para matar Pana, sua querida e companheira cabra.
_ O que você esta fazendo? Vociferou Chako, enquanto pulava encima de Mbula com muita coragem para tirar dele a faca.
Mbula ficou parado sem saber o que fazer, diante dessa situação tão constrangedora.
Chako conseguiu resgatar Pana sua querida companheira. Colocou-a em seus braços e saiu correndo em direção da sua casa orando em voz alta:
_ Oh, meu Senhor Jesus, eu não posso amar Mbula, me ajuda, por favor, Senhor! Toma conta desta situação para mim porque eu não consigo!
Nesse preciso momento Chako escutou um pranto as suas costas. Chako virou e olhou espantado, era Mbula que vinha após ele chorando desconsolado!
_O que aconteceu com você agora! Perguntou Chako.
_ E que estou com muita fome! Meus pais me abandonaram há muito tempo e não tenho o que comer… por isso decidi matar Pana, eu queria comê-la, me perdoa…
O coração cristão de Chako ficou comovido:
_ Venha comigo Mbula! Na minha casa tem uma jantinha, vamos comer juntos!
_ E será que posso dormir com vocês? Tenho medo da noite porque fico sozinho! Disse Mbula.
_ Com certeza, venha Mbula. Disse Chako.
E nessa noite, dentro de um lar cristão, tão diferente da sua casa, Mbula escutou por primeira vez a historia de um Deus que o amava. Ele não podia acreditar!
_ Ele me ama?
_ Sou um menino muito mau e estou cheio de maus espíritos, é impossível!
A família de Chako falou do amor incondicional de Jesus e Mbula recebeu Jesus no seu coração. Mbula pode sentir o amor de Jesus sendo derramado na sua vida. Então disse:
_Chako, algo muito bom está acontecendo comigo quero-te dizer que estou muito arrependido por tudo o que fiz com você.
Com lágrimas nos olhos disse:
_ Você me perdoa?
_ Sim, eu te perdôo em nome de Jesus!
Eles se deram um grande abraço, o milagre do grande amor de Deus tinha alcançado a Mbula.
Depois disso, Mbula deitou e logo dormiu tranqüilo e contente.
Chako estava com o coração radiante de alegria e agradecido pelo milagre da restauração de Mbula, pelo amor que Deus havia derramado em seu coração por ele e pela vida dos Missionários, então se ajoelhou na beira de sua cama e orou:
_ Obrigado Jesus pelos missionários que nos ensinam o Verdadeiro Caminho, obrigado por me ajudar a amar a Mbula e por mudar o seu coração! Obrigado… eu te amo Jesus! Zzzzzzzzzzzzz.
Assim Chako dormiu com um coração grato e um grande sorriso no seu rosto. E a partir desse dia Chako ganhou um irmão e um grande amigo, Mbula!
Era uma vez uma bonequinha preta, que morava em uma linda com Mariazinha. As duas brincavam o tempo todo, e até dormiam juntas quando estavam cansadas.
Todos os outros brinquedos dormiam em outros lugares, pois Mariazinha queria sempre a sua junto. Mas, o que ela não sabia, era que as bonequinhas não dormem como as meninas, aquele tempo todo, sem ver o mundo aqui fora. Eram diferentes das meninas e meninos de verdade em muitas coisas.
Mesmo assim, ensinava à sua bonequinha preferida tudo o que aprendia com a mamãe: tomar banho, escovar os dentes, trocar roupas limpas, e tudo mais.
Naquele dia, quando foi dormir um pouquinho depois do almoço, explicou direitinho à bonequinha pretaque ela não deveria subir sozinha na janela:
- A janela é muito perigosa! A criança pode cair lá fora e nunca mais voltar para casa. Papai disse que precisa ter gente grande perto sempre que a gente quiser ir à janela.
Mariazinha viu que a entendeu tudo muito bem, como sempre. Então dormiu sossegada...
A bonequinha preta também começou a dormir mas, ... uma voz diferente, forte e interessante entrava pela janela trazendo uma novidade que ela não conhecia:
- Verdureiro, verdureiro!
O que será isso, pensou a . Mariazinha , que sempre sabia tudo, estava dormindo e não podia contar nada sobre verdureiros, que deviam ser seres novos e sensacionais! Ela precisava ver!
Talvez seja isto: um cara todo verde!
Ou quem sabe isto: alguém saindo assim do verde.
Também podia ser um destes: nunca tinha visto um.
- Verdureiro, verdureiro!
Ir ou não ir só um pouquinho na janela? A dúvida passou rapidinho e logo ela já estava lá, tentando olhar tudo. Ela não queria cair, mas estava difícil ver. Subiu só mais um tantinho e tibum!caiu lá embaixo!
Por sorte, o verdureiro estava passando bem na hora, e a caiu em cima das verduras fofinhas de seu grande cesto. Ela era tão levinha que ele nem percebeu e continuou andando pelas calçadas com seu canto:
- Verdureiro, verdureiro!
Passou por várias ruas onde a bonequinha preta nunca tinha ido, cada vez mais longe...
Então o verdureiro decidiu voltar para casa, pois já era tarde. Entrou pela garagem escura, sem ver a assustada que estava ali. E subiu as escadas para chegar em casa, largando o cesto no chão.
A bonequinha preta começou a chorar, de tanto medo que estava daquele lugar estranho e escuro. Cair da janela assim tinha sido uma grande besteira, e não ia gostar nada de ter sido desobedecida. Então chorou e chorou mais ainda, sem nenhum consolo...
Nenhum?
Um gatinho que ia passando por ali ouviu aquele choro tão doído e ficou com muita pena da . Tentou fazer gracinhas para ela sorrir, mas não deu certo.
- Então, o que posso fazer por você?
- Não sei, eu fui olhar só um pouquinho na janela, semsaber. Ela disse para eu não ir sozinha, e agora perdi minha linda !
- Talvez eu possa ajudar. Os gatos passeiam pela noite, e se você me contar como é sua casa, talvez eu a encontre.
- É uma linda branca, com janelas azuis, e uma dentro, que deve estar muito triste agora.
E assim, o saiu pelas ruas à noite, procurando a casa certa. Procurou, procurou e...
Encontrou aquela linda branca, com janelas azuis, e uma linda que chorava muito.
-Vamos lá buscar sua bonequinha preta que caiu no cesto do verdureiro!
E lá foram os dois.
Quando chegaram, foi aquele abraço! Toda a choradeira passou e as duas se prometeram nunca mais se separar. Voltaram juntas para casa mas, na hora de se despedir do , ficaram com tanta pena, que o convidaram a morar com elas na linda . Ele gostou muito da idéia.
Assim, a história acaba com todos felizes, merecendo no fim um ponto de alegria bem grande
FIM
Esta é uma lenda antiga, que surgiu na Europa há muitos anos, mas ninguém sabe quem escreveu ou inventou, como tantas outras historinhas aqui.
Conta sobre uma família de camponeses pobres, com sete filhos ainda crianças para criar. O filho caçula nasceu tão pequenininho e fraquinho, que foi sorte sobreviver. Ganhou por isso o apelido de Pequeno Polegar. Ele era pequeno, porém muito esperto, sempre aprendendo brincadeiras novas com seus irmãos.
Naquele tempo, houve na Europa uma grande fome, que se espalhava por todas as cidades em volta da casa de Polegar. Não havia alimentos para todos. As panelas estavam vazias...
O pai das crianças, sabendo que todas morreriam de fome se ficassem em casa, teve uma idéia:
- Vou levar todos para a floresta. Talvez encontrem coisas para se alimentar e sobreviver. Aqui é que não vai dar certo.
A mãe chorou muito, mas concordou com o pai em não contar nada para os filhos, para que não se desesperassem. Preparou um lanchinho para cada um (o último que tinham), e todos partiram cedo, pela manhã, como se fossem passear na floresta.
Depois de estarem todos bem cansados de andar, os pais foram se afastando, sem que as crianças percebessem.
O Pequeno Polegar foi o primeiro a reparar que os pais haviam sumido. Todos tentaram procurar, mas se descobriram perdidos e abandonados...
A noite já vinha chegando, e as crianças tinham medo dos lobos e morcegos que faziam ruídos assustadores em volta.
O irmão mais velho subiu na árvore mais alta para procurar um abrigo para a noite. Todos festejaram quando ele disse ter visto a torre de um castelo ao longe, para o lado de onde a lua vinha nascendo.
Foram caminhando rapidamente, pensando achar um grande castelo acolhedor, com um rei e uma rainha ricos e bondosos para dividir abrigo e alimento com todos eles.
Não era bem isso quando se via de perto, mas todo o resto era apenas a floresta perigosa, e eles não queriam ser devorados. Então bateram à porta assim mesmo.
Uma estranha voz respondeu:
- Vocês estão loucos? Não sabem o que tem atrás desta porta?
- Quem está falando? - perguntou Polegar.
-Eu! Ora bolas!
- Não sabia que existiam maçanetas falantes! - disseram todos.
- Para sorte de vocês, está vindo aí a dona da casa, que é boa e carinhosa, mas se chegar o patrão ...
A dona da casa abriu a porta, torcendo o nariz da maçaneta, que nem reclamou. Recebeu aquelas crianças abandonadas e famintas com todo seu carinho, mesmo preocupada que o marido pudesse chegar a qualquer momento. Trouxe bastante comida, que ali não parecia faltar. Todos ficaram satisfeitos e encheram as barrigas.
Como sempre, a maçaneta soltou berros horríveis quando o patrão torceu forte seu nariz para entrar. Ouvindo isso, a dona da casa correu para esconder as crianças embaixo da cama do casal.
Não adiantou nada, pois o ogro malvado que era seu marido sentiu o cheiro de gente estranha logo logo...
- Vou comê-los no jantar! Ahaha!
A mulher pediu que ele esperasse um pouco mais, pois o jantar maravilhoso de hoje já estava pronto, e tinha todos os pratos especiais que ele adorava.
Então o ogro mandou que fossem se deitar na cama ao lado da cama de suas filhas. Sim, o ogro tinha sete filhas, que dormiam todas na mesma cama, com suas coroas na cabeça.
Logo que os meninos se retiraram, ele rosnou que iria degolar cada um deles à noite. E ficou sentado esperando que dormissem...
Polegar, chegando com os irmãos ao quarto, viu as meninas dormindo no escuro com suas coroinhas e ficou pensando em uma idéia para escapar.
Quando todos dormiram, colocou sua idéia em prática: trocou os chapéus de seus irmãos, e o seu também, pelas coroas das meninas, e foi se deitar bem quietinho. Naquele quarto escuro, ele imaginou que o ogro iria reconhecer as filhas pelas coroas nas cabeças, e foi isso mesmo.
Quando o ogro chegou, foi direto para a cama dos meninos, mas pondo a mão nas cabecinhas, sentiu as coroas, e assim foi para a outra cama. Degolou todas as crianças que tinham chapéu na cabeça.
- Ufa! Quase degolei minhas próprias filhas!
Assim que o ogro saiu, o Pequeno Polegar acordou seu irmãos para fugirem juntos dali. Desceram pela escada de mansinho, e chegaram na maçaneta falante.
- Tenho ordens de avisar ao patrão sempre que tentam entrar ou sair por mim, mas desta vez vou desobedecer aquele malvado. O único problema é que vocês não vão escapar quando ele calçar suas botas de sete léguas e for atrás de vocês. Seus pés ficam os mais rápidos do mundo!
O Pequeno Polegar notou as enormes botas encantadas ao lado da porta, e resolveu calçar assim mesmo, com a maçaneta prendendo a gargalhada com o ridículo do seu tamanho junto ao da bota.
Fez bem: era uma bota encantada, e se ajustou perfeitamente ao seu tamanho assim que calçou em seus pequeninos pés.
Com elas, ajudou seus irmãos a voltarem para casa, mas não quis ficar. Despediu-se deles, e disparou para o castelo real.
Lá chegando, disse logo que era o correio mais rápido do reino, e gostaria de provar sua capacidade ao rei.
Nos primeiros dias, levava apenas mensagens sem importância, mas ele era mesmo tão veloz e tão correto, que acabou conquistando a confiança do rei em pessoa. Logo estava sendo o responsável pela entrega das mensagens mais importantes, até mesmo as de guerra.
Tudo chegava voando pelas mãos dele, com a ajuda da bota de sete léguas. Assim, o Pequeno Polegar foi ganhando e juntando muito dinheiro.
Um dia, ele achou que era hora de voltar em casa, e levar dinheiro bastante para sua família nunca mais sentir fome ou abandono. E isso ele também conseguiu.
FIM